Com a assinatura do presidente Joe Biden, o prazo para a ByteDance encontrar um comprador americano é de 270 dias, podendo ser estendido por mais 90 dias. Caso essa transação não ocorra, a plataforma deixará de estar disponível nas lojas de aplicativos dos Estados Unidos, como a App Store e o Google Play, afetando cerca de 170 milhões de usuários.
A principal justificativa do governo americano para o bloqueio do TikTok é a preocupação com a segurança nacional, alegando que a plataforma poderia ter acesso a dados sensíveis dos usuários americanos e compartilhá-los com o governo chinês. No entanto, essa medida não se aplica ao Brasil, que mantém uma relação diplomática e comercial positiva com a China.
Diante dessas pressões, o CEO do TikTok, Shou Chew, garantiu que a plataforma não sairá dos Estados Unidos e que irá lutar nos tribunais para garantir seus direitos. A ByteDance também investiu em projetos para garantir a segurança dos usuários americanos e realizou campanhas para tentar reverter a legislação.
A ameaça de banimento do TikTok começou em 2020 com Donald Trump, mas foi aprovada em março de 2024, com ampla aprovação no Congresso. O projeto de lei também possibilita o banimento de outros aplicativos chineses, russos, norte-coreanos e iranianos nos EUA.
Apesar de iniciar o movimento de banimento, Donald Trump passou a se opor à medida em 2024, alegando preocupação com os jovens que utilizam o TikTok e visando conquistar apoio para possíveis eleições. A mudança de postura do ex-presidente tem relação com interesses financeiros e políticos.
Para os 170 milhões de usuários do TikTok nos EUA, a incerteza permanece sobre o futuro da plataforma e se ela conseguirá encontrar um comprador para evitar o banimento definitivo. A batalha judicial promete se estender, enquanto a ByteDance e o TikTok tentam assegurar sua permanência no país.