O filho de Érika, o bombeiro militar Lucas Nunes dos Santos, de 27 anos, ficou perplexo com as imagens e afirmou que a mãe estava “completamente fora de si”. Segundo ele, recebeu dois telefonemas da mãe enquanto ela estava no banco. No primeiro, Érika relatou que o tio tinha passado mal e aguardava a chegada do Samu. No segundo telefonema, a mulher estava desesperada e dizia que o tio havia falecido.
Lucas e um irmão saíram à procura da mãe e a encontraram na agência bancária, já sob custódia policial. O bombeiro contou que a mãe sofre de depressão desde 2019, após passar por uma cirurgia bariátrica, e tem lutado contra os efeitos colaterais dos medicamentos que toma.
O filho de Érika explicou que a situação de saúde psiquiátrica dela tem se deteriorado nos últimos anos, levando-a a ter pensamentos suicidas e alucinações auditivas. Ele ressaltou que, mesmo que ela estivesse consciente, não faria sentido tentar enganar um banco, já que todos os locais são monitorados por câmeras.
Érika foi presa por furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. Sua defesa apresentou relatórios médicos que apontam para um quadro psiquiátrico grave e solicitou prisão domiciliar para que ela possa cuidar de sua filha com deficiência.
Este caso chocante em Bangu reforça a importância de se acompanhar de perto a saúde mental das pessoas e de oferecer o suporte necessário a quem enfrenta problemas psiquiátricos. A história de Érika serve como alerta para a sociedade sobre a importância de se debater e buscar soluções para a questão da saúde mental.