Em uma carta aberta publicada na plataforma X, Sánchez expressou a necessidade de parar e refletir sobre seu cargo e decidir se deve continuar ou renunciar a essa grande honra. O premiê informou que fará um pronunciamento na próxima segunda-feira, 29 de abril, para anunciar sua decisão, cancelando sua agenda pública até então.
Uma investigação preliminar foi aberta em Madri contra Begoña Gómez por suspeitas de tráfico de influência e corrupção. O Tribunal Superior de Justiça de Madri revelou que os crimes investigados são tráfico de influência e corrupção empresarial, com a denúncia partindo do coletivo Mãos Limpas, ligado à extrema direita.
Sánchez, em uma declaração no Congresso dos Deputados, reiterou sua confiança na Justiça, destacando que a esposa é inocente e que a denúncia faz parte de uma estratégia de assédio contra ele.
Além disso, a investigação envolve os vínculos de Gómez com diversas empresas privadas que receberam fundos e contratos públicos do governo. Entre essas empresas está a Air Europa, beneficiada por uma linha de crédito de 475 milhões de euros em 2020, como parte de um fundo de 10 bilhões de euros destinado a empresas em dificuldades devido à pandemia.
O Partido Popular, principal partido de oposição, exigiu explicações imediatas de Sánchez e acusou o governo de tentar se vitimizar. Apoiadores do presidente, como Teresa Ribera, elogiaram sua liderança e, horas antes, María Jesús Montero classificou a denúncia contra a esposa de Sánchez como “práticas trumpistas”.
Em meio a acusações e disputas políticas, a decisão de Pedro Sánchez sobre sua permanência no cargo continua sendo aguardada pela população espanhola. Aguarda-se com expectativa o pronunciamento do presidente na próxima segunda-feira.
