A investigação, conduzida pela francesa Catherine Colonna, ex-ministra dos Negócios Estrangeiros da Europa, em parceria com representantes de institutos de direitos humanos da Suécia, Noruega e Dinamarca, avaliou a atuação da UNRWA e identificou que a agência possui mecanismos mais eficazes para garantir a neutralidade política em comparação com outras entidades da ONU. No entanto, foram apontados riscos para essa neutralidade, principalmente em relação ao material educativo utilizado nas escolas da agência e manifestações políticas de funcionários nas redes sociais.
O relatório apresentou 50 recomendações para aprimorar os mecanismos de neutralidade da UNRWA, as quais foram prontamente aceitas por Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, e António Guterres. O documento ressaltou a importância da agência na prestação de ajuda humanitária aos refugiados palestinos e reconheceu que a UNRWA possui uma abordagem avançada em relação à neutralidade em comparação com outras organizações similares da ONU.
A investigação iniciada em fevereiro visitou instalações da UNRWA em diversos territórios, entrevistando mais de 200 pessoas, incluindo representantes de países doadores e autoridades relacionadas. O governo israelense não forneceu à agência palestina qualquer restrição referente às listas de funcionários compartilhadas desde 2011, segundo o relatório.
Diante das sugestões apresentadas pela análise independente, a UNRWA se comprometeu a desenvolver um plano de ação para atender às demandas apontadas. Philippe Lazzarini declarou que a agência está empenhada em aplicar os valores e princípios humanitários da ONU e que as recomendações do relatório contribuirão para fortalecer os esforços durante um período desafiador para o povo palestino.
Em resumo, o relatório independente ressaltou a importância da UNRWA na prestação de assistência aos refugiados palestinos e destacou a necessidade de aprimorar os mecanismos de neutralidade da agência para manter sua eficácia e legitimidade perante a comunidade internacional.