Os legisladores destacaram que essa medida seria um passo crucial para promover os valores da democracia, dos direitos e da coesão social entre as duas regiões. Além disso, ressaltaram que o pacto proposto poderia integrar os setores público e privado, juntamente com a sociedade civil.
A proposta desse pacto foi discutida e apoiada durante a última sessão plenária da Assembleia Parlamentar Europeia – América Latina (EuroLat) no ano passado, e está alinhada com a Estratégia Europeia de Cuidados lançada em 2022.
Essa estratégia visa melhorar o atendimento oferecido às pessoas que necessitam de cuidados, incluindo aqueles de longa duração, diante de desafios como o envelhecimento da população, tendências demográficas, epidemiológicas e os efeitos das mudanças climáticas.
Segundo um estudo da Comissão Europeia, em 2019, os países da UE destinaram em média 1,7% do PIB a gastos públicos com cuidados de longa duração, variando de 1% a 3% em diferentes nações. No entanto, a Comissão considerou esse valor baixo comparado ao trabalho de cuidadores não profissionais.
A comissária europeia para as Associações Internacionais, Jutta Urpilainen, anunciou uma iniciativa da UE para promover Sociedades Inclusivas e Igualitárias na América Latina e Caribe, com uma possível mobilização de até 1 bilhão de euros.
Diante desse cenário, a proposta de um pacto birregional sobre cuidados se mostra como uma estratégia importante para a promoção dos valores e direitos entre a União Europeia e a América Latina e Caribe.