Destruição do “Estado paralelo” das gangues em El Salvador pela “guerra” de Nayib Bukele, apesar da continuidade das detenções sem ordem judicial.

A guerra travada pelo presidente de El Salvador, Nayib Bukele, contra as gangues que criaram um “Estado paralelo” no país foi um grande sucesso. O ministro da Justiça e Segurança, Gustavo Villatoro, afirmou em entrevista à AFP que o Estado criminoso instaurado pelas gangues terroristas está praticamente destruído. Segundo ele, as gangues estavam gerando entre 1,5 e 2 bilhões de dólares por ano, mas agora esse valor caiu drasticamente.

As gangues, conhecidas como ‘maras’ em El Salvador, controlavam 80% do território do país e financiavam suas atividades por meio de extorsão. Quem se recusava a pagar era assassinado. No entanto, com a intervenção do governo de Bukele, o recrutamento em massa feito pelas gangues foi neutralizado.

Até o momento, 492 líderes das gangues estão presos e sendo processados. Eles deverão responder por mais de 120 mil homicídios cometidos nas últimas três décadas. A ação de Bukele devolveu a tranquilidade às ruas e aumentou sua popularidade, o que resultou em sua reeleição para um segundo mandato.

Desde o início da guerra contra as gangues, as autoridades detiveram quase 80.000 supostos membros. Destes, 7.600 foram libertados, mas apenas temporariamente, pois serão julgados em liberdade por estarem trabalhando para as gangues sob coação.

Apesar dos resultados positivos da intervenção do governo, grupos de defesa dos direitos humanos alertam para o risco de uma possível perpetuação da crise de direitos humanos no país. A Anistia Internacional e outras organizações exigem o fim das detenções sem ordem judicial.

Villatoro garantiu que o regime de exceção que permite as detenções sem ordem judicial só será desativado quando não restar nenhum membro de gangue livre em El Salvador. O objetivo é eliminar por completo a presença das gangues e devolver a paz e segurança ao país.

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