Gabov foi preso por sua participação na criação de vídeos para o canal do finado opositor Alexei Navalny no YouTube. O jornalista permanecerá em prisão provisória até pelo menos 27 de junho, aguardando seu julgamento. Seu trabalho não se limitou apenas ao canal de Navalny, mas também incluiu colaborações com redes de televisão russas e agências de notícias estrangeiras.
As acusações de “extremismo” contra Gabov estão relacionadas à sua participação na preparação de fotos e vídeos que seriam divulgados no canal NavalnyLIVE. Essa é apenas mais uma peça no tabuleiro político russo, que ainda sente os reflexos da morte de Navalny em circunstâncias misteriosas em fevereiro.
Além de Gabov, outros colaboradores de Navalny também estão enfrentando problemas com a justiça russa. Antonina Kravtsova, uma fotógrafa que atuava sob o nome de Antonina Favorskaia, foi detida e acusada de “extremismo”. Outros jornalistas estão sob custódia, incluindo o americano Evan Gershkovich, acusado de “espionagem”.
O ambiente para jornalistas na Rússia tem se tornado cada vez mais hostil, com casos de detenções arbitrárias e acusações que visam cercear a liberdade de imprensa. O caso de Alsu Kurmasheva, uma jornalista com dupla cidadania russo-americana detida por não se registrar como “agente estrangeiro”, é mais um reflexo desse cenário preocupante.
É necessário que a comunidade internacional se mantenha atenta a essas violações dos direitos humanos e da liberdade de imprensa na Rússia, a fim de garantir a segurança e o bem-estar dos jornalistas que dedicam suas vidas a informar e denunciar injustiças.
