A mais recente escola a divulgar seu enredo foi a Estação Primeira de Mangueira, com o tema “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”. O carnavalesco Sidnei França destaca a importância de resgatar personagens e histórias inspiradoras da população negra, valorizando sua contribuição para a sociedade.
Outras escolas como Salgueiro, Viradouro, Portela, Paraíso do Tuiuti e Unidos da Tijuca também abordarão temas ligados à negritude em seus desfiles. Desde a história de Xica Manicongo, a primeira travesti do Brasil, até a homenagem a Milton Nascimento, as escolas prometem emocionar o público com enredos que valorizam a diversidade e a resistência.
O professor de história comparada da UFRJ, Ivanir dos Santos, destaca a importância desses enredos em meio a um cenário de intolerância e racismo no Brasil. Ele ressalta que as escolas de samba têm raízes nas resistências culturais e espirituais dos povos afrodescendentes, e que trazer essas histórias para o carnaval é essencial para a luta antirracista no país.
Além das escolas que abordam temas afro, Beija-Flor de Nilópolis homenageará Laíla, Grande Rio terá como enredo o estado do Pará, e outras agremiações ainda não divulgaram seus enredos para 2025.
Com enredos que resgatam a história e a cultura afrobrasileira, o carnaval carioca de 2025 promete ser um reflexo da diversidade e da riqueza cultural do país, levando ao público uma celebração de identidade e resistência.
