Direção do Memorial de Medicina pede ajuda ao Governo de Pernambuco para restaurar prédio histórico no Recife.

Na última sexta-feira (26), o Memorial de Medicina, localizado no bairro do Derby, no Centro do Recife, sofreu com o desabamento de parte de sua estrutura. Diante dos danos causados, a direção da instituição está solicitando ajuda ao Governo de Pernambuco para restaurar o prédio, que apresenta diversas fissuras comprometendo a sustentação do imóvel histórico.

O Museu da Medicina, que conta com peças de estudo sobre doenças e um memorial com imagens de médicos catedráticos que passaram pela academia ao longo da história, é a área mais afetada. Infiltrações, inchaço nas paredes e a proximidade com o Rio Capibaribe contribuem para a deterioração do prédio, que precisa ser urgentemente esvaziado para evitar danos ainda maiores.

A construção do prédio, de estilo neoclássico, teve autorização do médico Octávio de Freitas em 1925, abrigando a primeira Faculdade de Medicina do Recife até 1958. Posteriormente, o local foi utilizado como instalação do Colégio Militar de Pernambuco e, a partir de 1979, foi cedido à Academia Pernambucana de Medicina.

Atualmente, tombado pela Fundarpe, o prédio abriga diversos setores ligados à medicina, como a Academia Pernambucana de Medicina, a Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, o Museu da Medicina, entre outros. Segundo o diretor da Academia Pernambucana de Medicina, Hildo de Azevedo, a manutenção do prédio é crucial para preservar a história da medicina em Pernambuco e para garantir um melhor atendimento aos pacientes.

A situação do prédio já vinha sendo alertada pela direção da APM nos últimos cinco anos, destacando problemas estruturais como rachaduras, inundações e quedas. Após o desabamento da última sexta-feira, equipes de engenheiros da UFPE e da Defesa Civil do Estado vistoriaram o local na manhã de segunda-feira (29). A UFPE informou que mobilizou uma equipe de engenharia para reduzir os danos e a Fundarpe enviou técnicos para fiscalizar a preservação do imóvel tombado.

Hildo de Azevedo revelou ter enviado solicitações de ajuda à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que se mostrou receptiva e interessada em contribuir com a restauração do prédio. A governadora demonstrou interesse em assumir o prédio, ligando-o à Secretaria de Cultura como um instrumento da cultura pernambucana. A UFPE, até o momento, não se posicionou sobre a situação do Memorial de Medicina. O governo de Pernambuco também não respondeu às solicitações, mas a expectativa é de que contribuirá com a restauração do prédio histórico. A população aguarda ansiosamente por um desfecho positivo nesse caso para preservar a história e a cultura da medicina em Pernambuco.

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