Segundo informações reveladas na última quarta-feira (1°) por autoridades dos Estados Unidos, Moscou teria utilizado a arma química cloropicrina e agentes químicos anti-distúrbios, como gás lacrimogêneo, como métodos de guerra contra as forças ucranianas. Essas ações foram consideradas uma violação da Convenção sobre Armas Químicas.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos declarou que o uso dessas substâncias químicas não foi um caso isolado, mas sim uma estratégia adotada pelas forças russas para obter vantagem tática no campo de batalha. Além disso, foi ressaltada a falta de comprometimento da Rússia com suas obrigações internacionais, citando casos anteriores de envenenamentos com agentes nervosos.
Diante das acusações, o Kremlin negou veementemente as alegações feitas pelos Estados Unidos. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou as acusações como infundadas e sem consistência, reafirmando o compromisso da Rússia com as normas internacionais. Apesar disso, o país enfrenta pressões para fornecer mais transparência sobre o uso de armas químicas.
A cloropicrina, substância utilizada nas alegadas ações da Rússia contra a Ucrânia, é considerada um agente asfixiante prejudicial para a saúde humana e proibido pela Organização para a Proibição de Armas Químicas. Paralelamente às acusações, os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de sanções que atingem empresas e indivíduos envolvidos no financiamento da invasão russa à Ucrânia, bem como empresas relacionadas aos programas de armas químicas e biológicas do país.
Em suma, o confronto entre Estados Unidos e Rússia em relação ao uso de armas químicas contra a Ucrânia evidencia a tensão entre as potências mundiais e a gravidade das acusações feitas, que colocam em xeque o compromisso com a paz e a segurança internacionais.