Justiça do Rio revoga prisão de sobrinha que levou tio morto a banco para empréstimo fraudulento

A justiça do Rio de Janeiro decidiu na última quarta-feira (1°) pela soltura de Érika Souza Vieira Nunes, de 42 anos, sobrinha que levou o tio, já morto, a uma agência bancária para tentar obter um empréstimo. Ela havia sido presa em flagrante por vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude. A decisão da juíza Luciana Mocco, titular da 2ª Vara Criminal de Bangu, atendeu a um pedido da defesa da acusada e revogou a sua prisão preventiva.

No julgamento, foi destacado que Érika também passou a ser investigada por homicídio culposo, pois o tio já estava morto quando ela tentou realizar o empréstimo em seu nome. O Ministério Público do Rio denunciou a acusada pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver.

O crime ocorreu no dia 16 de abril deste ano, na Zona Oeste de Bangu, e chocou a população local. A tentativa de Érika de obter um empréstimo no valor de R$ 17.975,38 usando o cadáver do tio expôs a crueldade e a falta de respeito da acusada. A Promotoria destacou que a sobrinha levou o cadáver à agência bancária mesmo sabendo que o tio já estava morto, demonstrando total desprezo pela vida humana.

A polícia também investiga uma possível omissão de socorro por parte de Érika, uma vez que o delegado Fabio Luiz Souza apontou que o tio estava em uma situação gritante de perigo de vida, e em vez de levá-lo para um hospital, a acusada o levou a um banco. A investigação está em andamento para esclarecer todas as circunstâncias do caso e determinar se houve responsabilidade criminal da sobrinha do idoso.

As imagens obtidas pelas autoridades mostram Érika transportando o corpo do tio em uma cadeira de rodas, em um shopping de Bangu, antes de levá-lo ao banco para tentar realizar o empréstimo. A acusada alegou ser prima do idoso, mas os registros indicam que ela na verdade era sua sobrinha e cuidadora.

Por fim, a promotoria destacou a crueldade da atitude de Érika e ressaltou a necessidade de esclarecer as circunstâncias que envolveram a morte do idoso para determinar possíveis responsabilidades criminais no caso. O episódio chocou a sociedade e levantou debates sobre respeito à vida e aos direitos humanos.

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