O Subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável, Ivan Oliveira, destacou a importância de garantir que os recursos dos fundos climáticos multilaterais sejam direcionados para as necessidades do Brasil. Ele ressaltou que é crucial que os recursos efetivamente cheguem aos projetos de mitigação e adaptação climática.
Outro ponto abordado foi a falta de acesso ao Fundo Global Verde, que conta com cerca de US$ 100 bilhões, mas distribuiu apenas US$ 4 bilhões em projetos ambientais. Diante da urgência das mudanças climáticas, o economista Cláudio Fernandes enfatizou a necessidade de aumentar os investimentos em energia limpa.
Além disso, o Brasil está incentivando a elaboração de planos nacionais de transição energética, com base em experiências como o Plano de Transição Ecológica lançado no ano passado. Pedro Ivo da Silva, representante do Itamaraty, ressaltou que esses planos podem atrair mais recursos para combater as mudanças climáticas.
A deputada Talíria Petrone, organizadora do debate, destacou a importância de incorporar a justiça climática nas discussões do G20. Ela ressaltou a necessidade de integrar o debate econômico com a questão ambiental.
Além disso, a deputada Socorro Neri fez um alerta para a necessidade de mudança de postura nas votações parlamentares, defendendo a aprovação de projetos de lei relacionados à educação climática, estado de emergência climática e recursos para desastres naturais.
No campo da justiça racial, Carolina Pereira, do Geledés – Instituto da Mulher Negra, apresentou propostas para que o G20 leve em consideração os impactos climáticos e raciais em suas discussões, incluindo o financiamento para adaptação climática.
Em meio a uma série de desafios ambientais, o Brasil se destaca como um protagonista na busca por soluções para enfrentar as mudanças climáticas e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.