CCJ da Câmara dos Deputados aprova proposta de criação do Sistema Nacional de Alerta de Desastres para o Brasil

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (8), uma proposta que visa a criação do Sistema Nacional de Informações e Monitoramento de Desastres (Sinide), com o intuito de emitir alertas antecipados de desastres em todo o território nacional. O relator da proposta, deputado Pedro Aihara (PRD-MG), foi responsável por recomendar a aprovação do substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Urbano ao Projeto de Lei 1450/15, de autoria do deputado Glauber Braga (Psol-RJ.

De acordo com o texto aprovado, o Sinide terá a função de reunir, consolidar e divulgar dados sobre desastres, incluindo informações de monitoramento meteorológico, hidrológico e geológico do país, dados do cadastro nacional de municípios suscetíveis a desastres, bem como informações sobre municípios em estado de calamidade e em situação de emergência. Além disso, o sistema irá manter um banco de dados de instituições técnico/científicas e profissionais voluntários para atuar em situações de desastre.

Os dados do Sinide serão produzidos de forma a emitir alertas antecipados e contribuir para a prevenção, alerta, resposta e recuperação em casos de desastres. A rede de coleta de dados irá abranger uma infraestrutura de radares e estações hidrometeorológicas que cubra todo o território nacional. Os princípios do funcionamento do sistema incluem coordenação unificada, descentralização na provisão de dados, atualização permanente dos dados e disponibilização dos mesmos a todos os cidadãos em qualquer circunstância.

Durante a discussão da matéria, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) ressaltou a importância da prevenção de desastres e mencionou a necessidade de mais investimentos em infraestrutura para monitoramento. Já o deputado Helder Salomão (PT-ES) defendeu a proposta como uma medida essencial para aprimorar a prevenção e a resposta a desastres no país. A proposta agora segue para o Senado, a menos que haja recurso para votação pelo Plenário da Câmara.

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