Debatedores cobram medidas para ampliar oferta de gás natural a baixo custo e aumentar competitividade dos setores

Na última terça-feira (7), durante um evento na Câmara dos Deputados, debatedores se reuniram para discutir a necessidade de ampliar a oferta de gás natural a baixo custo no Brasil. A proposta é buscar medidas que possam aumentar a competitividade dos setores que dependem do gás natural como fonte de energia.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos, enfatizou a urgência em enfrentar o desafio do preço do gás natural. Ele ressaltou que atualmente a indústria química é responsável por cerca de 27% do consumo total de gás natural no país. No entanto, algumas empresas já estão optando por buscar outras fontes de energia devido aos altos custos.

Passos destacou a globalização da indústria química, competindo não apenas nacionalmente, mas também com países como China e Estados Unidos, onde o gás natural é consumido a preços muito mais baixos. A necessidade de reduzir os custos do gás natural no Brasil para manter a competitividade no mercado internacional foi uma das principais pautas do encontro.

Por outro lado, o diretor do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME), Marcello Weydt, alertou que a infraestrutura local representa a maior parte do preço final do gás natural no Brasil, o que impacta diretamente na competitividade do produto. Segundo Weydt, mesmo que o preço do gás natural na fonte seja zerado, o produto chega aos consumidores a um valor consideravelmente mais alto.

Durante a audiência pública, representantes do governo informaram que em breve serão divulgados os resultados de um grupo interministerial que analisou o setor de gás natural, apontando a necessidade de mudanças urgentes. A nova Lei do Gás, aprovada pelo Congresso Nacional em 2021, favorecerá o mercado após sua regulamentação, segundo o Ministério das Minas e Energia.

Além disso, a expectativa é que a regulamentação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) siga padrões internacionais, buscando garantir maior transparência e competitividade no mercado de gás natural no Brasil. A audiência pública foi proposta pelo deputado Josenildo (PDT-AP), presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços, contando com a presença de representantes de diversas entidades e setores envolvidos com a questão do gás natural no país.

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