Comissão aprova projeto que restringe acareação entre acusado e vítima em crimes contra a mulher, priorizando videoconferência.

Na tarde desta quarta-feira, 16 de maio de 2024, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa proteger vítimas de violência contra a mulher durante o processo de acareação com o acusado. Segundo a proposta, a acareação só deverá ocorrer em situações de extrema necessidade e, preferencialmente, por videoconferência, a menos que a vítima manifeste expressamente a preferência por uma acareação presencial.

A relatora do projeto, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), recomendou a aprovação do Projeto de Lei 1197/23, de autoria do deputado Albuquerque (Republicanos-RR), e do substitutivo adotado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. A medida busca evitar a revitimização da mulher, uma vez que a acareação pode submetê-la a novos constrangimentos e humilhações, revivendo situações traumáticas que precisa superar.

Durante a discussão do projeto na Comissão de Segurança Pública, foram levantadas questões importantes que resultaram em modificações na proposta original. A relatora ressaltou a relevância da acareação em casos de extrema necessidade para uma investigação eficiente, mas destacou a importância de respeitar a vontade e a segurança da vítima.

A proposta seguirá para análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania em caráter conclusivo. A relatora do projeto, deputada Lara Haje, e a edição por Natalia Doederlein reforçam a importância da aprovação dessa medida para garantir a proteção e o respeito às vítimas de violência contra a mulher.

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