Falta de especialistas em hepatologia coloca em risco a saúde dos brasileiros, alerta Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados.

No Brasil, a falta de especialistas em hepatologia no Sistema Único de Saúde (SUS) é uma realidade preocupante e que impacta diretamente na qualidade de vida dos pacientes. A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados se reuniu nesta quinta-feira (16) para discutir a possibilidade de ampliar a oferta de serviços nessa área da medicina, que trata de doenças que afetam o fígado, a vesícula biliar e as vias biliares.

De acordo com o deputado Jorge Solla (PT-BA), responsável pela iniciativa do debate, apenas 516 hepatologistas com Registro de Qualificação de Especialista (RQE) estão disponíveis para atender uma população de 215 milhões de habitantes. Essa escassez de profissionais especializados resulta em dificuldades de acesso ao tratamento e, consequentemente, em altas taxas de mortalidade de pacientes com doenças crônicas do fígado.

Estima-se que entre 25 mil e 50 mil mortes por cirrose hepática ocorram anualmente no país, com cerca de 2 mil indivíduos aguardando na fila de transplante. A falta de atendimento adequado e a demora na realização de procedimentos cirúrgicos têm contribuído para esse cenário preocupante.

Durante a reunião, que ocorreu no plenário 7, o deputado ressaltou a importância de investimentos na formação de mais profissionais na área de hepatologia e na ampliação dos serviços oferecidos pelo SUS. A discussão busca encontrar soluções para enfrentar esse desafio e garantir um atendimento mais eficaz e acessível aos pacientes que necessitam de cuidados especializados.

A falta de especialistas em hepatologia no SUS é um problema que precisa ser urgentemente solucionado para garantir a saúde e o bem-estar da população brasileira. A pressão por melhorias nesse setor deve ser constante, visando a redução da mortalidade e o acesso a tratamentos cada vez mais eficazes.

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