Para alguns participantes, a Lava Jato foi um marco no combate à corrupção no país. Por outro lado, críticas não faltaram, com alguns apontando a operação como o maior escândalo judicial da história brasileira. A advogada Ligia Maura Costa, autora do livro “Lava Jato: histórias dos bastidores da maior investigação anticorrupção no Brasil”, fez um resumo detalhado dos números impressionantes da operação, que incluem dezenas de fases, mandados de busca e apreensão, prisões, acordos de colaboração e denúncias.
Entretanto, as críticas não tardaram a surgir. Diversas ilegalidades processuais foram apontadas nas conduções coercitivas e colaborações premiadas, levantando questionamentos sobre os métodos utilizados pela força tarefa. O vazamento de conversas entre integrantes da operação, como o procurador Deltan Dallagnol e o juiz Sérgio Moro, também gerou polêmica e colocou em xeque a imparcialidade da investigação.
Além disso, o ex-procurador Dallagnol defendeu com veemência a Lava Jato, destacando estratégias inovadoras e legais utilizadas durante a operação. Por outro lado, o professor Fábio de Sá e Silva e a ex-ministra Eliana Calmon fizeram críticas contundentes, apontando distorções e denunciando possíveis interesses por trás da operação.
O debate mostrou divergências sobre o legado da Lava Jato no combate à corrupção. Enquanto alguns defendem a continuidade das investigações, outros alertam para a necessidade de reformas e fortalecimento das instituições democráticas. O deputado Tadeu Veneri ressaltou a importância de aprender com os erros cometidos durante a operação, visando evitar repeti-los no futuro.
Em meio a discussões acaloradas, os impactos da Operação Lava Jato provocaram intensos embates entre parlamentares, evidenciando a polarização de opiniões em relação ao tema. O debate na comissão mostrou que o legado da Lava Jato ainda suscita questionamentos e reflexões sobre o futuro do combate à corrupção no Brasil.
