Salário mínimo é referência para benefícios da Previdência Social e impacta contas públicas em R$ 51,2 bilhões, mostra nota técnica.

No cenário econômico brasileiro, o salário mínimo sempre foi um ponto de referência importante, principalmente no que diz respeito aos benefícios da Previdência Social. De acordo com uma nota técnica das consultorias de Orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado, o impacto da correção do salário mínimo e da variação do INPC sobre as contas públicas é estimado em R$ 51,2 bilhões pelo governo, representando quase 1/5 do déficit da Previdência Social.

Para 2025, o governo estima que o salário mínimo passe de R$ 1.412 para R$ 1.502, com base em um INPC acumulado de 3,35% até novembro de 2024 e um crescimento econômico de 2,9% em 2023. Essa valorização do mínimo foi estabelecida pela Lei 14.663/23. É importante ressaltar que o salário mínimo não influencia apenas os benefícios previdenciários acima de um salário mínimo, mas também o seguro-desemprego, o abono salarial do PIS/Pasep, entre outros.

Além disso, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025 estabelece as regras para a elaboração e execução do Orçamento da União. Um ponto relevante identificado pelos consultores nas análises da LDO foi a inclusão de um dispositivo do novo arcabouço fiscal (LC 200/23), garantindo que um percentual mínimo de recursos necessários para o funcionamento da máquina pública não seja contingenciado.

Outra mudança significativa foi a revisão dos objetivos fiscais, reduzindo a meta de superávit de 0,5% do PIB para equilíbrio fiscal. Essa decisão foi considerada realista pelos consultores, que apontaram que uma meta ambiciosa poderia impactar as despesas obrigatórias nos próximos anos, especialmente com o pagamento integral de precatórios, vinculações constitucionais da receita e a política de valorização do salário mínimo.

A LDO de 2025 também direciona as prioridades e metas da administração pública para o ano seguinte, embora a definição efetiva das metas seja realizada no projeto da Lei Orçamentária de 2025. Em relação à execução das emendas parlamentares impositivas, o governo estabeleceu critérios para os repasses, como a necessidade de projeto de engenharia e licença ambiental prévia, evitando a liberação sem conformidade com os requisitos.

Em resumo, a correção do salário mínimo, as metas fiscais revisadas, a execução das emendas parlamentares e as diretrizes da LDO de 2025 indicam um cenário de ajustes e planejamento para os desafios econômicos e sociais do país nos próximos anos. A manutenção do equilíbrio entre receitas e despesas, aliada a políticas de valorização do trabalho e controle dos gastos públicos, são fundamentais para o desenvolvimento sustentável e a estabilidade financeira.

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