Brasil debate impactos da dependência de fertilizantes importados e propõe uso de hidrogênio de baixo carbono na produção agrícola

Nesta terça-feira (28), a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados discutirá os benefícios e impactos da produção de fertilizantes nitrogenados no Brasil. O debate foi solicitado pelo deputado Socorro Neri (PP-AC), que destaca a atual dependência do país em relação aos fertilizantes importados e a crescente preocupação com a sustentabilidade ambiental.

Segundo Neri, o Brasil importa 87% de seus fertilizantes, com 23% vindo da Rússia. O recente conflito com a Ucrânia resultou em um aumento expressivo nos preços internacionais desses insumos, o que representa um sério risco para o agronegócio nacional. A deputada ressalta a importância dos fertilizantes nitrogenados para a agricultura brasileira, destacando seu papel no aumento da produtividade e qualidade das safras.

No entanto, Neri alerta para os impactos ambientais e para a saúde pública causados pelos processos convencionais de produção de fertilizantes, que geram altas emissões de carbono. Ela defende a utilização de hidrogênio de baixo carbono na composição dos fertilizantes como uma alternativa promissora, capaz de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa.

O debate está agendado para as 15 horas, no plenário 4 da Câmara dos Deputados. Será uma oportunidade para especialistas e autoridades discutirem possíveis soluções para diminuir a dependência do Brasil em relação aos fertilizantes importados e promover práticas mais sustentáveis na agricultura nacional.

Essa discussão é de extrema relevância para o futuro do agronegócio no país, considerando os desafios que o setor enfrenta e a necessidade de buscar alternativas mais sustentáveis e menos impactantes para o meio ambiente. A expectativa é que o debate resulte em propostas e ações concretas para melhorar a segurança e a sustentabilidade da produção de fertilizantes no Brasil.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo