A deputada Talíria Petrone, do Psol-RJ, é uma das vozes que irá conduzir esse debate. Ela destaca que o termo “racismo ambiental” foi originalmente cunhado por Benjamin Franklin Chavis, líder afro-americano dos direitos civis. Essa expressão busca evidenciar a realidade na qual as populações periféricas e minorias étnicas, em especial as pessoas negras, sofrem discriminação decorrente da degradação ambiental.
Segundo a deputada, a distribuição desigual dos impactos ambientais afeta de forma desproporcional as comunidades historicamente marginalizadas e invisibilizadas. No contexto brasileiro, as consequências do racismo ambiental se entrelaçam com o legado colonial do país, destacando a profunda conexão entre injustiça social e destruição ambiental.
Talíria Petrone salienta que o crescimento das comunidades em áreas de risco evidencia a relação intrínseca entre o racismo ambiental e a falta de políticas habitacionais, planejamento urbano e serviços públicos adequados. Essa ausência de medidas preventivas cria um ambiente propício para a convivência com condições degradadas, afetando principalmente os grupos mais vulneráveis da sociedade.
O debate, que acontecerá no plenário 9 da Câmara dos Deputados, promete trazer à tona discussões fundamentais sobre como a crise climática e o racismo ambiental estão interligados e afetam de forma desproporcional as populações mais pobres e marginalizadas. Essa é uma oportunidade única para sensibilizar a sociedade e os legisladores sobre a urgência de se adotar medidas eficazes para combater essa realidade preocupante.
Por Redação.