Presidente da Câmara propõe ‘meio termo’ na isenção de compras internacionais em nova medida provisória para beneficiar indústria nacional

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), apresentou uma visão conciliatória em relação à proposta que pretende acabar com a isenção de compras internacionais de até 50 dólares. Lira afirmou que é viável encontrar um “meio termo” nessa questão, ressaltando a necessidade de atenção aos setores que estão sendo prejudicados por práticas desleais e que têm gerado desemprego no país.

A discussão gira em torno da inclusão desse dispositivo na medida provisória que trata do programa Mover, que concede benefícios fiscais às montadoras que investirem em tecnologias de baixa emissão de carbono. Setores como varejistas internacionais, como Shein e AliExpress, defendem a manutenção da isenção, enquanto empresas brasileiras argumentam que a concorrência com essas gigantes chinesas é desleal e pleiteiam a taxação dessas compras realizadas no exterior.

Diante desse cenário, Arthur Lira se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater o assunto, e Lula está dialogando com sua equipe econômica para analisar a proposta e possíveis alternativas. O presidente da Câmara alertou que a votação do Mover deve ocorrer no mesmo dia, uma vez que o prazo para a medida provisória não perder a validade se encerra em breve.

Durante seus posicionamentos, Lira destacou a importância de chegar a um consenso entre as bancadas, ressaltando a boa vontade demonstrada por todos os setores envolvidos. Ele acredita que, se o tema for encarado com tranquilidade, será possível realizar uma sessão legislativa produtiva e serena.

Nesse sentido, o presidente da Câmara manifesta sua expectativa de que o Legislativo e o governo encontrem soluções equilibradas para atender às demandas do setor da indústria e do comércio, garantindo a competitividade e a manutenção dos empregos. A proposta deve ser discutida pelos deputados logo após a sessão do Congresso Nacional e posteriormente analisada pelos senadores.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo