Veto a saídas temporárias de presos do regime semiaberto é rejeitado pelo Congresso Nacional em sessão conjunta decisiva.

Na noite do dia 28 de maio de 2024, os parlamentares se reuniram em uma sessão conjunta do Congresso Nacional para deliberar sobre diversos vetos do Poder Executivo. Um dos principais vetos rejeitados foi em relação às saídas temporárias de presos do regime semiaberto, que passam a ser proibidas até mesmo para visitas à família e para participação em atividades que ajudem na reintegração social.

Com essa decisão, a Lei de Execução Penal será modificada, retirando a possibilidade de saídas temporárias para visitas à família e participação em atividades sociais. No entanto, permanece a autorização para saídas temporárias com o intuito de frequentar cursos profissionalizantes ou de ensino médio/superior na comarca de atuação do juiz responsável.

O deputado Chico Alencar, do Psol-RJ, lamentou a decisão, destacando que apenas uma ínfima minoria dos presos que tiveram direito às saídas temporárias cometeram delitos durante o período. Por outro lado, o deputado Kim Kataguiri, da União-SP, ressaltou que no Brasil há incentivos para o cometimento de crimes e que a impunidade contribui para altos índices de reincidência.

Além das discussões sobre saídas temporárias, vetos em leis orçamentárias e na regularização de terras na Amazônia foram rejeitados. Os parlamentares também debateram sobre direitos dos policiais civis e militares, bem como sobre a isenção do ICMS na transferência de produtos entre estabelecimentos de uma mesma empresa, que também teve o veto rejeitado pelo Congresso.

Vale ressaltar que outros vetos, como os relacionados à reserva legal, flexibilização de registros de agrotóxicos, retomada do programa Minha Casa, Minha Vida e despacho gratuito de bagagem, foram adiados para uma próxima sessão do Congresso, demonstrando a complexidade e a importância das decisões tomadas pelo Legislativo.

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