Comissão da Câmara discute possível transferência das operações das loterias federais para subsidiária da Caixa Econômica Federal

Nesta terça-feira (4), a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública para discutir a possibilidade de transferência das operações das loterias federais para uma empresa subsidiária da Caixa Econômica Federal. A diretora-presidente da Caixa Loterias, Lucíola Aor Vasconcelos, foi ouvida pelos deputados sobre esse tema de grande relevância para o cenário econômico e social do país.

O deputado Tadeu Veneri (PT-PR) foi o responsável por propor o debate e destacou a importância das loterias da Caixa para a redução das desigualdades sociais no Brasil. Segundo ele, aproximadamente 40% do lucro da Caixa Loterias é destinado a investimentos em áreas como saúde, educação e projetos sociais. Em 2023, dos R$ 23,4 bilhões arrecadados em loterias, R$ 9,2 bilhões foram utilizados para fins sociais.

As loterias federais no Brasil são atualmente um monopólio da Caixa, que é um banco público. No entanto, houve tentativas anteriores de privatização dessas operações, como a criação da subsidiária Lotex em 2016. Após um processo de leilão e seleção de um consórcio para operar a raspadinha, a empresa desistiu da operação, levando a uma reestruturação da Lotex que a transformou na Caixa Loterias.

Em agosto de 2023, um novo decreto permitiu que a Lotex voltasse a ser operada pela Caixa, em uma tentativa considerada por alguns como uma nova abordagem para privatizar o controle das loterias federais. A discussão na audiência pública buscou esclarecer os posicionamentos e impactos dessa possível transferência de operações para uma empresa subsidiária.

A reunião entre a Caixa Loterias e a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle foi marcada por debates acalorados e argumentações sobre a importância socioeconômica das loterias federais e o papel da Caixa nesse contexto. A decisão sobre o futuro das operações das loterias federais ainda está em aberto e sujeita a análises mais aprofundadas.

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