O presidente da Câmara ressaltou que a discussão sobre o projeto ultrapassou barreiras partidárias e ideológicas, em parte devido à pressão das grandes empresas de tecnologia, as chamadas big techs, que, segundo Lira, não estavam dispostas a debater o assunto de forma equilibrada. O texto original foi apresentado de forma fragmentada em diversos projetos distintos, porém não obteve consenso na Casa.
De acordo com Arthur Lira, em declarações anteriores, houve várias tentativas de votar o projeto, com esforços de todos os líderes e do relator, mas a subdivisão do texto em questões como streamings e direitos autorais não foi suficiente para garantir a concordância de todos. Diante desse cenário, os líderes partidários avaliaram que o projeto não estava pronto para seguir para votação em Plenário.
O grupo de trabalho terá um prazo de 90 dias para concluir suas avaliações e é composto por 20 parlamentares de diferentes partidos. Entre os membros estão nomes como Ana Paula Leão (PP-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Glaustin da Fokus (Podemos-GO), Orlando Silva (PCdoB-SP) e Marcel Van Hattem (Novo-RS), entre outros. A diversidade partidária e a representatividade são aspectos importantes na condução do trabalho e na busca por consenso em relação ao projeto.
Agora, cabe ao grupo de trabalho analisar detalhadamente o Projeto de Lei 2630/20 e apresentar sugestões e alterações que possam torná-lo mais eficaz e adequado à realidade das redes sociais e da disseminação de informações na era digital. A sociedade aguarda com expectativa as deliberações desse grupo e o impacto que suas decisões terão na forma como lidamos com as fake news e as redes sociais.
