Apenas quatro deputados votaram a favor da derrubada do veto, enquanto dois membros do grupo não participaram da votação. A criação do grupo de trabalho foi realizada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, com o objetivo de apresentar um projeto que defina as diretrizes para a atuação das plataformas digitais no país. No entanto, a composição do grupo gerou controvérsias, com críticos apontando que muitos dos deputados envolvidos têm histórico ligado à disseminação de fake news.
O cientista político da Universidade de Brasília, Luis Felipe Miguel, expressou sua preocupação com a composição do grupo, observando que há uma forte representação da bancada das fake news. Para Miguel, a elite parlamentar brasileira tem interesse em disseminar desinformação impunemente. Ele também destacou a importância de regulamentar a atuação das redes sociais para coibir crimes cometidos online, uma visão que não é compartilhada por todos os membros do grupo de trabalho.
A distribuição dos membros do grupo respeitou a proporcionalidade entre o tamanho de cada bancada e o número de integrantes em cada comissão. Os blocos partidários foram representados de acordo com a proporção de cadeiras que possuem na Câmara dos Deputados. No entanto, a votação aponta para um debate acalorado sobre a liberdade de expressão, a responsabilização das redes sociais e o combate à desinformação no ambiente digital, questões que continuam sendo discutidas na esfera política brasileira.