Comissão de Saúde aprova inclusão da neuromodulação não invasiva no SUS, projeto segue para análise das comissões de Finanças e de Constituição

Na última sexta-feira, dia 10 de junho de 2024, a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 5376/23, de autoria da deputada Maria Rosas, que propõe a inclusão da neuromodulação não invasiva (NNI) na lista de procedimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa técnica inovadora consiste no uso de estímulos elétricos ou magnéticos aplicados de forma superficial para atingir áreas específicas do cérebro.

De acordo com a deputada Maria Rosas, a neuromodulação tem se mostrado eficaz no tratamento de diversas condições psiquiátricas e neurológicas, como acidente vascular cerebral, doença de Parkinson, depressão, esquizofrenia e dores crônicas resistentes a outras formas de tratamento. Ela destaca que o SUS, sendo a principal via de acesso à assistência médica no Brasil, deveria disponibilizar esse tipo de tratamento aos pacientes que necessitam.

A relatora do projeto, deputada Silvia Cristina, ressaltou que uma das modalidades da NNI, a estimulação magnética, já é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 2012 para o tratamento de condições como depressão bipolar, alucinações auditivas na esquizofrenia e planejamento de neurocirurgias. Além disso, entidades de fonoaudiologia, fisioterapia e enfermagem manifestaram apoio ao uso da neuromodulação não invasiva.

“Adotar a NNI no SUS está alinhado com as práticas internacionais de saúde e pode contribuir para a melhoria dos resultados clínicos, reduzindo a dependência de medicamentos e procedimentos mais invasivos e onerosos”, afirmou a deputada Silvia Cristina. A proposta ainda passará pela análise das comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para votação no Plenário.

A iniciativa de incluir a neuromodulação não invasiva no rol de procedimentos do SUS representa um avanço significativo no campo da saúde, proporcionando mais opções terapêuticas aos pacientes e alinhando o sistema de saúde brasileiro com as práticas internacionais mais atualizadas.

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