Arthur Gomes, da Croplife Brasil, apontou que as atividades relacionadas ao melhoramento de sementes não estão inclusas na lista elaborada pelo governo, enquanto Maria Angélica Feijó, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, ressaltou a ausência de benefícios para serviços agropecuários e produtos como embriões bovinos. Eduardo Lourenço, do Instituto Pensar Agropecuária, defendeu que o crédito presumido deveria ser amplo para todos os insumos agrícolas, já que o imposto seria pago pelo consumidor na compra do produto final.
O auditor fiscal de Santa Catarina, Ramon de Medeiros, explicou que a criação das listas segue as diretrizes da emenda constitucional da reforma tributária, que prevê definições posteriores sobre os setores que poderão receber incentivos fiscais. Além disso, Maria Angélica destacou a preocupação com o limite de faturamento anual de R$ 3,6 milhões para os produtores rurais integrados a cadeias de produção.
Por outro lado, Ronei da Silva, do Movimento Nacional de Catadores de Material Reciclado, elogiou o tratamento diferenciado dado à reciclagem, mas questionou a concessão de benefícios a algumas empresas do setor. Rodrigo Terra, do Instituto Nacional da Reciclagem, apontou que a venda de matéria-prima reciclada está enfrentando uma tributação igual à da matéria-prima extraída da natureza.
O deputado Pauderney Avelino (União-AM) prometeu que o grupo de trabalho irá analisar todas as sugestões apresentadas, buscando realizar ajustes necessários para garantir a eficiência da reforma tributária. A expectativa é de que as propostas discutidas durante a reunião sejam consideradas e incorporadas no processo de regulamentação dos novos tributos.