Projeto de lei cria selo para empresas que contratam mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, aprova Comissão de Finanças

Na manhã de hoje, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa incentivar as empresas a contratarem mulheres vítimas de violência doméstica. A proposta consiste na criação do selo “Empresa parceira na luta contra a violência doméstica e familiar”, com o objetivo de estimular as empresas a reservarem pelo menos 1% de seus cargos para essas mulheres.

De acordo com a relatora do projeto, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), as empresas que possuírem menos de 100 funcionários deverão contratar ao menos uma mulher nessas condições para receber o selo. A relatora fez algumas mudanças no texto original do projeto, retirando a previsão de benefício tributário para as empresas que contratarem vítimas de violência, mas mantendo a instituição do selo de empresa parceira.

Laura Carneiro ressaltou a importância da participação das empresas nesse processo, enfatizando que elas têm um papel fundamental na integração das mulheres vítimas de violência doméstica no mercado de trabalho. Segundo a parlamentar, isso não só oferece oportunidades de emprego para mulheres em situação de vulnerabilidade, mas também promove a igualdade de gênero e o combate à violência doméstica e familiar.

Além disso, a relatora destacou que o selo proposto é um reconhecimento público das empresas que apoiam a causa e um incentivo para que outras se engajem. A responsabilidade de cadastrar as empresas interessadas em participar do programa ficará a cargo da União, enquanto os estados serão responsáveis por inserir as informações das mulheres elegíveis no sistema designado, garantindo sua privacidade.

O projeto, que também foi aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, agora seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e posteriormente para o Plenário da Câmara dos Deputados. A iniciativa visa não apenas incentivar a contratação de mulheres vítimas de violência doméstica, mas também promover uma cultura empresarial voltada para a responsabilidade social e o comprometimento com a igualdade de gênero.

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