De acordo com o subsecretário, a tecnologia disponível atualmente permitiria que as operações de recebimento e devolução de créditos fiscais fossem realizadas praticamente em tempo real. Neves ressaltou a importância de ter tudo pronto em um ano, a fim de garantir a eficiência e a agilidade do novo sistema tributário.
Na mesma reunião, Enzo Megozzi, da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e Tecnologias Digitais, solicitou que as empresas do setor participem das discussões sobre as soluções tecnológicas que estão sendo desenvolvidas para a implementação da reforma tributária.
O deputado Luiz Carlos Hauly (Pode-PR) demonstrou entusiasmo com as novidades apresentadas durante o encontro, destacando que, para ele, o “coração da reforma é a cobrança automática, impessoal e atemporal”. Hauly enfatizou a importância de simplificar o sistema tributário e eliminar problemas como a guerra fiscal, a inadimplência e a burocracia.
No entanto, representantes de procuradores fazendários presentes na audiência criticaram a falta de participação da categoria em alguns órgãos e processos do comitê gestor do IBS. Melissa Castello, da Fundação Escola Superior de Direito Tributário, ressaltou a necessidade de incluir as procuradorias na resolução de possíveis divergências de interpretação da lei entre os estados, além de sugerir a redução do prazo para envio das cobranças de impostos para as procuradorias, de 180 para 90 dias, devido à automação dos processos.
A reforma tributária segue em discussão e a implementação dos novos sistemas e tributos promete trazer mudanças significativas para o cenário fiscal do país.