Para Huck, a situação criada por esse projeto é absurda e vai contra os princípios morais e humanitários da sociedade. Ele destacou um caso específico de um pai suspeito de abuso sexual contra a própria filha de 17 anos, que estava internada em estado grave, e alertou para a inversão de papéis proposta pela nova legislação.
O projeto de lei, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), prevê penas de 6 a 20 anos de prisão para mulheres que interromperem a gestação após as 22 semanas. Além disso, ainda exclui a possibilidade de aborto legal em casos de estupro, penalizando as vítimas de maneira desproporcional em relação aos agressores.
Luciano Huck enfatizou que a questão não se trata de ideologia, mas de lógica e justiça. Ele se posicionou ao lado das mulheres vítimas de estupro, que já enfrentam um trauma profundo, e pediu para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, rever a proposta em nome da empatia e do respeito aos direitos das mulheres no país.
Diante da repercussão do seu discurso, Huck reforçou a importância de proteger e apoiar as vítimas de violência sexual, garantindo que não sejam revitimizadas por leis injustas e cruéis. O apresentador deixou claro que a sociedade deve se unir em prol da justiça e da dignidade das mulheres que enfrentam situações traumáticas como o estupro.