Durante a audiência, Joenia Wapichana destacou a atual situação financeira da Funai, relatando que em 2023 a fundação teve um orçamento discricionário de apenas R$ 225 milhões, que foi aumentado para R$ 289 milhões com a chegada de um crédito extraordinário de R$ 245,6 milhões. A presidente destacou a importância de um orçamento adequado para que a Funai possa desempenhar suas funções de forma satisfatória.
A audiência também abordou a crise humanitária dos indígenas Yanomami, que estão enfrentando problemas sérios devido à invasão de garimpeiros ilegais em seu território. Essa invasão tem causado conflitos, destruição do meio ambiente, disseminação de doenças e desnutrição da população.
Coronel Fernanda, deputada responsável pela comissão externa que investiga a crise humanitária dos Yanomami, questionou a criação recente do Ministério dos Povos Indígenas diante da falta de recursos na Funai. A parlamentar sugeriu a fusão do ministério com a Funai em um único órgão.
Joenia Wapichana detalhou algumas ações que a Funai vem realizando em conjunto com outros órgãos do governo para tentar reverter a crise na região dos Yanomami. Entre as ações destacadas estão a distribuição de alimentos, ferramentas agrícolas e apoio para a retomada do cultivo nas roças indígenas.
A presidente da Funai também defendeu a recomposição do órgão, que atualmente conta com apenas 1.325 servidores para atuar em torno de 14% do território brasileiro onde vivem 1,7 milhão de pessoas indígenas. Ela destacou a necessidade de realização de concursos públicos para suprir a demanda de servidores na fundação.