ABNT apresenta normas de segurança contra desastres naturais e deixa deputado motivado a criar projeto de lei obrigatório.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) apresentou, em audiência na Câmara dos Deputados, 17 orientações aprovadas para ações de segurança e resiliência em casos de desastres naturais. O presidente da ABNT, Mário William, destacou a norma que trata da implementação de centros de operações nas cidades, com o objetivo de reduzir a complexidade na gestão de desastres e garantir eficiência nas decisões do poder público.

O exemplo do centro de operações do Rio de Janeiro, que atuou na prevenção de tempestades, foi citado para destacar a importância da antecipação na orientação da população sobre os cuidados necessários. O deputado Julio Lopes (PP-RJ) pretende tornar essa norma obrigatória em todo o país, criando um projeto de lei para instituição de Centros de Operação e Controle em todas as cidades brasileiras.

Além disso, a ABNT ressaltou normas técnicas que abordam diretrizes para a gestão de incidentes, continuidade de negócios e retomada de atividades pós-desastres, além da certificação de “cidades sustentáveis”, sendo São José dos Campos e Jundiaí as únicas cidades no Brasil com essa certificação até o momento.

O diretor de políticas públicas de mitigação do Ministério do Meio Ambiente, Aloísio de Melo, destacou a contribuição das normas para o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, ressaltando a importância de uma agenda estruturada da ABNT para orientar as demandas técnicas nessa nova realidade do país.

Por outro lado, a procuradora da República no Rio Grande do Sul, Flávia Nóbrega, alertou para o sucateamento das defesas civis municipais, lembrando que quase 2 mil cidades brasileiras estão sob risco de desastres naturais. Ela também criticou o Projeto de Lei 364/19, que permite atividades agrícolas em campos de altitude, colocando o bioma Pampa gaúcho em risco.

Nesse contexto, a secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffmann, ressaltou a importância da gestão integrada de risco e da adaptação imediata às mudanças climáticas, além da necessidade de planos de contingência focados na população em áreas de risco.

Em suma, a apresentação das normas técnicas pela ABNT e as discussões na Câmara dos Deputados evidenciam a importância da prevenção e da adoção de medidas para garantir a segurança e resiliência em casos de desastres naturais, além de destacar a necessidade de ações coordenadas e eficazes por parte do poder público e da sociedade como um todo.

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