Comissão da Câmara aprova projeto que permite habilitação de pescador como aquaviário mesmo sem escolaridade exigida

A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 915/24, que propõe a habilitação como aquaviário para pescadores com mais de 50 anos que não sejam alfabetizados ou não possuam a escolaridade exigida, desde que frequentem um curso específico de formação. A proposta, que agora segue para análise de outras comissões, busca garantir direitos e reconhecer a realidade de comunidades ribeirinhas onde o analfabetismo é mais frequente.

O deputado Defensor Stélio Dener, relator do projeto, ressaltou a importância da pesca artesanal para sustentar comunidades costeiras e ribeirinhas, além de promover a conservação dos ecossistemas aquáticos. Segundo o parlamentar, os pescadores artesanais enfrentam dificuldades para obter o registro profissional de pescador, o que afeta seus direitos e condições de trabalho.

O autor da proposta, deputado Albuquerque, destacou a necessidade de se adaptar à realidade das comunidades ribeirinhas, onde o analfabetismo é prevalente entre os mais idosos que não tiveram acesso à educação formal. Ele salientou a importância de reconhecer essa realidade e garantir que esses trabalhadores tenham acesso à habilitação como aquaviários.

O projeto de lei tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Viação e Transportes, Relações Exteriores e de Defesa Nacional, e Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, a proposta também precisa ser aprovada pelo Senado. A medida representa um avanço na legislação para reconhecer a realidade dos trabalhadores da pesca artesanal e garantir seus direitos e condições de trabalho.

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