Lafaiete ressaltou que a acessibilidade nos supermercados é fundamental para que essas mães se sintam confortáveis em levar seus filhos para fazer compras. Além disso, ela destacou que a medida também beneficiaria mães de crianças com outras deficiências, como paralisia cerebral, gerando impactos positivos para toda a comunidade.
O deputado Glaustin da Fokus, autor do requerimento para a realização da audiência pública na Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência, enfatizou a importância social de oferecer acessibilidade, especialmente considerando que, de acordo com pesquisas atuais, a incidência de autismo é alta. Para o deputado, disponibilizar carrinhos adaptados é uma forma de tornar os estabelecimentos comerciais mais inclusivos e demonstrar comprometimento com a responsabilidade social.
O projeto de lei (PL 2982/22), de autoria da deputada Renata Abreu, que propõe a obrigatoriedade dos supermercados e estabelecimentos similares em oferecer carrinhos adaptados, conta com o relator Glaustin da Fokus. O texto estabelece que estabelecimentos com mil metros quadrados ou mais devem disponibilizar pelo menos 5% de carrinhos adaptados.
Por outro lado, o vice-presidente Jurídico da Associação Brasileira de supermercados, Maurício Ungari, argumentou que o percentual de 5% é elevado, considerando a estimativa de que apenas cerca de 1% da população brasileira possui autismo. Em contrapartida, a deputada Erika Kokay enfatizou a importância de estabelecer sanções para garantir a efetividade da lei.
Diante dessas discussões, a efetivação da medida que visa oferecer acessibilidade por meio de carrinhos adaptados para pessoas com autismo continua sendo debatida no cenário político brasileiro, com divergências de opiniões sobre a melhor abordagem para atender às necessidades desse público.