Supremo Tribunal Federal forma maioria pela descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, causando polêmica no Congresso.

Na noite de 25 de junho de 2024, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) gerou intensos debates entre os deputados brasileiros. A discussão girou em torno da formação de maioria favorável à descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, durante a sessão do STF naquele mesmo dia.

O líder do PL, deputado Altineu Côrtes (RJ), expressou sua discordância em relação à decisão do STF, alegando que a mesma vai de encontro à maioria da população brasileira. Côrtes destacou que a medida representaria uma invasão de competência legislativa por parte do STF e ressaltou os impactos negativos que a liberação da maconha poderia trazer para a sociedade, especialmente os jovens.

Outro deputado do PL, Luiz Lima (PL-RJ), reforçou a ideia de que o STF estaria ultrapassando os limites de sua função ao legislar sobre a questão da maconha, algo que, segundo ele, caberia exclusivamente ao Congresso Nacional. O deputado Osmar Terra (MDB-RS) também se manifestou contrário à decisão, alertando sobre os riscos de aumento do consumo de drogas, caso a medida seja efetivada.

Por outro lado, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) defendeu a decisão do STF, classificando-a como correta e necessária. Braga argumentou que a política de criminalização das drogas não tem surtido efeitos positivos no Brasil e que é preciso repensar essa abordagem. Da mesma forma, a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) elogiou a decisão do STF, afirmando que a descriminalização do uso de maconha para posse pessoal é um passo importante no combate à marginalização de determinados grupos sociais.

Em meio a esses posicionamentos divergentes, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição 45/23, que visa criminalizar a posse e o porte de qualquer quantidade de droga. A PEC ganhou relevância no cenário político após o debate iniciado pelo STF sobre a descriminalização do porte de pequenas quantidades de maconha.

Diante dessas discussões acaloradas, a sociedade brasileira aguarda com expectativa os desdobramentos desse embate no âmbito legislativo e judicial, com reflexos diretos na cultura e na segurança pública do país. A questão da descriminalização da maconha para uso pessoal e a criminalização do porte de drogas são temas complexos que continuam a dividir opiniões e a desafiar as autoridades e a sociedade como um todo.

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