Tráfico de Pessoas: Projeto de Lei que prevê medidas para coibir o crime é aprovado pela Comissão de Trabalho da Câmara

Na tarde de hoje, a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 5823/23, de autoria do deputado Luiz Couto (PT-PB), que tem como objetivo combater o tráfico de pessoas no Brasil, tanto no cenário interno quanto no internacional. O relatório apresentado pelo deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS) recomendou a aprovação da proposta, que traz diversas modificações em leis como o Código Penal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei dos Crimes Hediondos.

Entre as principais alterações propostas, destacam-se a classificação do crime de tráfico de pessoas como hediondo, a extensão das leis brasileiras para crimes cometidos contra brasileiros no exterior decorrentes do tráfico de pessoas, o aumento das penas para o aliciamento de trabalho análogo à escravidão, a proibição da intermediação por pessoa física na adoção internacional, dentre outras medidas que visam coibir essa prática criminosa.

Em sua justificativa, Alexandre Lindenmeyer ressaltou a gravidade do aumento do tráfico de pessoas no país e a necessidade urgente de combatê-lo. Segundo ele, a vulnerabilidade socioeconômica e a falta de oportunidades de emprego têm contribuído para tornar as pessoas mais suscetíveis às ações de redes criminosas.

Além das medidas relacionadas ao tráfico de pessoas, o projeto também traz novas regras para aumentar a proteção de crianças e adolescentes no trabalho, estabelecendo a proibição do trabalho para menores de 16 anos, com exceção da condição de aprendiz a partir dos 14 anos, e exigindo autorização dos responsáveis e do juiz para que menores entre 16 e 18 anos trabalhem fora do país.

O texto aprovado ainda seguirá para análise das comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, além da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), antes de ser encaminhado para votação no plenário da Câmara dos Deputados e posteriormente no Senado Federal. A expectativa é que, caso aprovado em todas as instâncias, o projeto contribua significativamente para o combate ao tráfico de pessoas e para a proteção dos direitos das crianças e adolescentes no Brasil.

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