Em suas declarações, Lira enfatizou que não há, atualmente, nenhum projeto em tramitação na Casa que conceda anistia a partidos que não cumprem a cota de mulheres. Ele argumentou que estabelecer cadeiras específicas para mulheres, com uma porcentagem mínima e aumentando gradualmente ao longo das eleições, é mais eficaz do que simplesmente impor cotas de gênero para as candidaturas.
“É importante constitucionalizar cadeiras efetivas, é melhor efetivar cadeiras para que as mulheres preencham com seus méritos, do que se exigir percentual de candidatas. Da maneira atual, estamos fabricando candidatas, cassando chapas inteiras e criando candidatas laranja”, afirmou o presidente da Câmara.
Benedita da Silva, deputada e coordenadora do evento em Maceió, também destacou a necessidade de alcançar a equidade de gênero no Parlamento. Ela enfatizou a importância da reunião para discutir questões de gênero e temas em comum com parlamentares de outros países.
“Estamos em uma campanha de ter mais mulheres no poder e de criar dois ou três temas mundiais, como meio ambiente, política do cuidado e do espaço de mais mulheres no poder”, explicou Benedita.
A iniciativa de reservar cadeiras efetivas para mulheres no Legislativo, conforme proposto por Arthur Lira, visa combater a sub-representação feminina e incentivar a participação ativa das mulheres na política. A ideia é formar novas lideranças e promover a igualdade de gênero no cenário político nacional e internacional.