Desigualdade de gênero no mercado de trabalho é tema de debate na Reunião de Mulheres Parlamentares do P20 em Maceió

A desigualdade de gênero no mercado de trabalho foi tema de destaque na 3ª sessão de trabalho da 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, fórum do Legislativo do G20, realizada nesta terça-feira (2) em Maceió (AL). Mulheres parlamentares de diversos países ressaltaram a importância de superar as disparidades na distribuição das responsabilidades de cuidados entre homens e mulheres como obstáculo para a conquista da igualdade entre os gêneros.

A coordenadora do Observatório Nacional da Mulher na Política da Câmara dos Deputados, deputada Yandra Moura (União-SE), destacou que a desigualdade econômica entre homens e mulheres é uma das formas mais persistentes de desigualdade de gênero, afetando desde o combate à violência doméstica até o desenvolvimento sustentável das nações. Ela enfatizou que a desigualdade no mercado de trabalho é uma tendência global e apontou a divisão desigual do trabalho não remunerado de cuidados como uma das principais causas.

No Brasil, dados indicam que metade dos lares são chefiados por mulheres, as quais recebem em média salários 20% menores que os homens. A deputada brasileira ressaltou a importância da regulamentação de licenças mais igualitárias e do fortalecimento dos serviços públicos de cuidados como medidas essenciais para combater a desigualdade de gênero.

Representantes de outros países, como Alemanha, Noruega, Itália, Portugal, Coreia do Sul, Índia, Arábia Saudita e Cabo Verde, também apresentaram suas visões e propostas para promover a igualdade de gênero no mercado de trabalho. Diversas iniciativas foram mencionadas, como cotas em empresas públicas, políticas de igualdade salarial, programas de capacitação, acesso ao crédito para empreendedoras e medidas para garantir o bem-estar e a autonomia econômica das mulheres.

A sessão reforçou a importância de reconhecer e enfrentar as desigualdades de gênero no mercado de trabalho como um passo fundamental na construção de sociedades mais justas e igualitárias para homens e mulheres. Ações concretas e políticas efetivas foram apontadas como essenciais para promover a equidade de oportunidades e o pleno empoderamento feminino no âmbito laboral.

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