Durante o depoimento, Barbosa afirmou que sua nomeação para a chefia na Polícia Civil não foi influenciada pelos irmãos Brazão. Ele ainda ressaltou que nunca teve contato com os Brazão em toda sua vida. Além disso, Barbosa destacou seu combate contra as milícias no Rio de Janeiro, chamando a milícia de “câncer” na cidade.
A Polícia Federal apontou em seu relatório evidências de sabotagem nas investigações por parte da Delegacia de Homicídios, liderada por Giniton Lages, durante as investigações do assassinato de Marielle e Anderson. Barbosa defendeu que o delegado Giniton foi quem efetivamente prendeu o assassino confesso, Ronnie Lessa.
O deputado Chico Alencar questionou Barbosa sobre possíveis ações da polícia que dificultaram as investigações, baseando-se na delação de Ronnie Lessa, que apontou que Barbosa teria garantido aos Brazão impunidade pelo crime. Barbosa negou as acusações, reforçando que seu compromisso sempre foi com a justiça.
O ex-deputado federal Paulo Sérgio Ramos Barboza, testemunha de defesa, também se pronunciou, expressando surpresa com o envolvimento dos irmãos Brazão no caso Marielle e Anderson. Ele ressaltou a importância de garantir a presunção de inocência de Chiquinho Brazão, que será ouvido pelo Conselho de Ética nesta terça-feira (16), juntamente com seu irmão Domingos Brazão e outras testemunhas. A investigação sobre o caso continua em andamento, visando esclarecer as circunstâncias do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista.