MEC nega criação de novas universidades federais em meio a debates sobre Universidade Federal do Iguaçu no Paraná.

Na última segunda-feira (15), uma audiência pública na Câmara dos Deputados gerou debates acalorados sobre a criação da Universidade Federal do Iguaçu (UFI) no estado do Paraná. O projeto de lei (PL 4505/21), de autoria do deputado Filipe Barros (PL-PR), prevê a formação da UFI a partir dos campi paranaenses da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), localizada no Sul do Brasil.

Durante a audiência, o reitor da UFFS, João Alfredo Braida, expressou sua preocupação com a cisão da universidade, alegando que prejudicaria o projeto de estruturação em andamento e reduziria o poder da instituição em obter recursos de editais de fomento. Braida enfatizou a importância de fortalecer e consolidar os campi existentes, ao invés de criar uma nova universidade.

Os gestores dos campi de Realeza e Laranjeiras do Sul, Marcos Antônio Beal e Manuela Pereira, também criticaram a emancipação das unidades paranaenses da UFFS. Eles argumentaram que já estão no limite de suas estruturas físicas e que a divisão não contribuiria para o crescimento das instituições.

A participação do Ministério da Educação, por meio da diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior, Tânia Mara Francisco, trouxe esclarecimentos sobre a posição do órgão em relação à criação de novas universidades federais. Tânia destacou que é prioritário consolidar as estruturas já existentes e que não está nos planos do ministério a expansão do número de instituições.

O deputado Tadeu Veneri (PT-PR), que propôs a audiência, anunciou que pedirá o arquivamento do projeto, alegando que o texto não foi devidamente discutido com a comunidade acadêmica. Atualmente, o projeto aguarda votação na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, com um parecer favorável apresentado pelo relator, deputado Felipe Francischini (União-PR).

A discussão sobre a criação da UFI continuará em outras instâncias dentro do Congresso Nacional, incluindo as comissões de Educação, Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça e de Cidadania, bem como no Senado. A decisão final sobre o destino do projeto ainda está em aberto.

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