Repórter Recife – PE – Brasil

Nova Lei de Manejo Integrado do Fogo é sancionada, promovendo práticas sustentáveis e proteção da biodiversidade no Brasil.

A nova Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo foi sancionada e já está em vigor. A Lei 14.944, de 2024, estabelece diretrizes para o uso do fogo em áreas rurais, com o objetivo de promover a sustentabilidade e proteger a biodiversidade. Uma das principais mudanças trazidas por essa legislação é a busca pela substituição gradual das queimadas por técnicas alternativas, principalmente em comunidades tradicionais e indígenas que historicamente utilizavam o fogo como parte de seus métodos de manejo.

De acordo com a nova lei, o uso do fogo será permitido em situações específicas, como práticas agropecuárias, pesquisa científica aprovada, prevenção e combate a incêndios, cultura de subsistência de povos indígenas, comunidades quilombolas ou tradicionais, agricultores familiares, e capacitação de brigadistas florestais. Além disso, a legislação permite que comunidades indígenas e quilombolas realizem queimadas para agricultura de subsistência, desde que sigam condições específicas e previamente estabelecidas.

Essa nova política modifica o Código Florestal e a Lei dos Crimes Ambientais, visando aprimorar as práticas de manejo do fogo e garantir a segurança das comunidades envolvidas. A implementação da lei será coordenada pelo Ibama em parceria com a Funai, a Fundação Cultural Palmares e outros órgãos competentes.

A criação de instâncias intergovernamentais para coordenar respostas a incêndios vegetais, o cadastro nacional de brigadas florestais e a exigência de autorização prévia para queimadas são algumas das medidas previstas nessa legislação. Além disso, a lei estabelece que o manejo do fogo em áreas protegidas deve contribuir para a conservação da vegetação nativa e respeitar as práticas tradicionais das comunidades locais.

No contexto atual, em que os incêndios e as queimadas têm sido uma preocupação crescente devido aos impactos ambientais, essa nova política representa um avanço significativo na regulamentação do uso do fogo nas áreas rurais, trazendo mais segurança e sustentabilidade para essas regiões.

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