Brasil: Escolas ainda sem água potável apesar de projeto de lei prioritário no acesso aos serviços de saneamento básico.

No Brasil, a realidade de escolas sem acesso a água potável ainda persiste, mesmo em pleno século XXI. O Projeto de Lei 2298/21, que foi recentemente aprovado pelo Senado, visa garantir prioridade no acesso aos serviços de saneamento básico, incluindo água potável, esgotamento sanitário e coleta de resíduos, para escolas, creches, hospitais e postos de saúde públicos. Essa proposta de alteração na Lei do Saneamento Básico está em fase de análise na Câmara dos Deputados.

De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), apenas 68% das escolas no Brasil possuem abastecimento de água. O senador Wellington Fagundes (PL-MT), autor da proposta, ressalta que a situação é ainda mais crítica no que diz respeito ao esgotamento sanitário, com menos de 10% das escolas em alguns estados do Norte tendo acesso a tais serviços.

A Lei do Saneamento Básico, em vigor desde 2020, estabelece metas ambiciosas, como garantir o acesso à água potável para 99% da população até 2033 e alcançar 90% de tratamento de esgoto. O projeto em questão, que aguarda análise nas comissões de Desenvolvimento Urbano e de Constituição e Justiça e de Cidadania, tem a finalidade de ampliar o conceito de universalização dos serviços sanitários para abranger todas as construções regulares ou em processo de regularização, indo além do foco apenas em construções residenciais.

Para que a proposta se torne lei, é necessário que seja aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado. Portanto, os próximos passos incluem a análise e discussão nas comissões responsáveis, visando garantir o acesso universal e equitativo aos serviços de saneamento básico em todo o país.

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