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Mãe de médica vítima de acidente cobra autoridades por fiscalização de aeronaves da Voepass em Vinhedo

No último domingo, 11 de outubro, a mãe da médica Arianne Albuquerque Risso, vitimada no acidente aéreo da Voepass em Vinhedo, desabafou e questionou as autoridades sobre a fiscalização das condições das aeronaves da companhia. Fátima Albuquerque, psicóloga aposentada e empresária, falou à imprensa com grande indignação na saída do Instituto Oscar Freire, onde teve que ajudar a reconhecer o corpo de sua filha, que estava entre os médicos a caminho de um congresso de oncologia.

Fátima afirmou que já existem vídeos que denunciam a situação de risco em que os aviões estavam colocando os passageiros e questionou se o Ministério Público e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não haviam visto essas imagens antes. Ela fez um apelo emocionado, perguntando quantas mães e quantos filhos ainda terão que morrer antes que a situação seja corrigida.

O Estadão tentou entrar em contato com os Ministérios Públicos do Paraná e São Paulo, o Ministério Público Federal, a Voepass e a Anac para obter respostas sobre as afirmações de Fátima, mas não obteve retorno até o momento.

A mãe da vítima ainda relatou a alegria de Arianne em participar do congresso de oncologia, um sonho desde a infância da médica, que estava prestes a finalizar sua residência na área. Seu marido, Leonardo Risso, também destacou o comprometimento e felicidade de Arianne em salvar vidas, ressaltando que ela estava vivendo seu propósito de cuidar das pessoas.

Diante da tragédia, o Ministério da Justiça anunciou que notificará a Voepass para ampliar a comunicação com os familiares das vítimas. A empresa respondeu que está oferecendo apoio logístico e emocional às famílias enlutadas. Medidas estão sendo tomadas para garantir que os familiares recebam todo o suporte necessário nesse momento difícil.

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