Repórter Recife – PE – Brasil

Mesas do Congresso e partidos sinalizam confronto com o STF sobre a execução de emendas parlamentares: um embate constitucional.

Nesta quinta-feira (15), as Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado, juntamente com nove partidos políticos, entre eles PL, União Brasil, PP, PSD, PSB, Republicanos, PSDB, PDT e Solidariedade, protocolaram um pedido de suspensão de liminar contra decisões monocráticas do ministro do STF Flávio Dino. As decisões em questão interromperam a execução de emendas impositivas que transferem recursos para estados e municípios, totalizando um montante de R$ 8,2 bilhões em emendas individuais de transferências especiais somente neste ano.

Segundo a nota divulgada pela Assessoria de Imprensa da Presidência da Câmara dos Deputados, o principal questionamento do Legislativo e dos partidos políticos se baseia na legalidade e constitucionalidade dos atos adotados por Flávio Dino. De acordo com a nota, a ação do Supremo Tribunal Federal em desconstituir quatro Emendas Constitucionais que estavam em vigor há quase 10 anos, aprovadas por três legislaturas distintas, é considerada prejudicial à economia pública, à saúde, à segurança e à ordem jurídica, além de uma clara violação à separação dos poderes.

O documento protocolado junto à Presidência do STF argumenta que as decisões monocráticas do ministro Flávio Dino extrapolaram o debate sobre a transparência das emendas parlamentares, afetando significativamente a execução orçamentária e prejudicando a economia, a saúde pública e a segurança. A defesa das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado, juntamente com os partidos políticos, ressalta a necessidade de suspensão imediata das liminares proferidas nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade, com o objetivo de evitar maiores danos e garantir que as políticas públicas em andamento não sejam paralisadas.

Diante do exposto, a solicitação de suspensão das decisões monocráticas de Flávio Dino representa uma importante medida do Legislativo e dos partidos políticos para preservar a ordem jurídica e a autonomia dos poderes, garantindo que a destinação de recursos para estados e municípios seja realizada de forma transparente e em conformidade com a Constituição.

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