Repórter Recife – PE – Brasil

Projeto aprovado na Câmara limita demissões de terceirizados no período eleitoral para evitar assédio eleitoral nas empresas

Na tarde de 21 de agosto de 2024, a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que visa modificar a Lei das Eleições, com o intuito de limitar a demissão sem justa causa de trabalhadores terceirizados ou temporários durante o período eleitoral. A proposta foi recomendada pela deputada Flávia Morais, que orientou a aprovação do projeto com algumas alterações.

De acordo com o texto aprovado, fica estabelecido que é proibida a dispensa sem justa causa de mais de 5% dos trabalhadores das empresas de terceirização de mão de obra e de trabalho temporário entre os 90 dias que antecedem o primeiro turno das eleições e os 180 dias subsequentes ao primeiro ou segundo turno, se houver. A empresa que descumprir essa determinação estará sujeita a multa.

É importante ressaltar que a proibição não se aplica aos casos de extinção normal do contrato de trabalho por prazo determinado. Além disso, a proposta prevê que as empresas que prestam serviços temporários ou terceirizados para a administração pública deverão indenizar os trabalhadores demitidos injustificadamente.

O Projeto de Lei 2457/19, de autoria da ex-deputada Paula Belmonte, foi aprovado com base no substitutivo apresentado pela relatora Flávia Morais. A proposta original tratava apenas das demissões injustificadas de trabalhadores terceirizados ou temporários de empresas contratadas por órgãos públicos, no entanto, o texto da relatora ampliou a proibição para todas as empresas privadas.

O próximo passo é a análise do projeto pelas comissões de Administração e Serviço Público, de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), antes de ser apreciado pelo plenário. Para que a proposta se torne lei, é necessário que seja aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado.

Em resumo, a medida visa proteger os trabalhadores terceirizados e temporários de demissões injustificadas durante o período eleitoral, evitando assim possíveis pressões por parte dos empregadores. A proposta segue em tramitação no Congresso Nacional em busca de aprovação definitiva.

Sair da versão mobile