Relatório preliminar revela ausência de declaração de emergência antes da queda do avião da VoePass, com investigações em andamento

No dia 9 de agosto de 2024, o Brasil foi abalado pela queda do avião da VoePass, que resultou na morte de todas as 62 pessoas a bordo. Um relatório preliminar divulgado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) revelou que não houve declaração de emergência por parte da tripulação antes do acidente.

De acordo com as transcrições dos áudios de comunicação entre os pilotos da aeronave e a torre de comando extraídas da caixa-preta, o avião saiu de Cascavel (PR) com destino a São Paulo e caiu em Vinhedo, próximo à capital paulista. A investigação do Cenipa continuará abordando a situação de manutenção da aeronave, enquanto a investigação de responsabilidade civil e criminal ficará a cargo da Polícia Federal.

Durante uma audiência pública realizada pela comissão externa que acompanha as investigações do acidente, o Chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Marcelo Moreno, explicou que a investigação feita pelo órgão busca garantir a segurança no transporte aéreo, visando evitar a recorrência de acidentes como esse. Marcelo Moreno detalhou que a aeronave estava certificada para voar em condições de gelo e que a tripulação era treinada para lidar com essas situações.

No entanto, questionamentos surgiram durante a audiência, principalmente em relação ao funcionamento do sistema de degelo da aeronave. O relator da comissão externa, deputado Padovani, levantou dúvidas sobre a manutenção da aeronave e por que o sistema de degelo foi acionado e desligado várias vezes. A investigação sobre a possível falha no sistema de degelo ainda está em andamento, com foco na busca por respostas para entender as circunstâncias que levaram à tragédia.

Além disso, uma denúncia anônima encaminhada ao Ministério Público do Paraná acusou a Voepass de operar irregularmente em Cascavel, o que acrescenta mais um elemento a ser investigado no processo. A Polícia Federal foi designada para investigar as questões de responsabilidade criminal relacionadas ao acidente.

Em meio a essas investigações e questionamentos, a busca por respostas continua e a esperança é de que a análise aprofundada dos fatos traga luz sobre as causas do acidente e contribua para o aprimoramento da segurança no transporte aéreo.

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