Repórter Recife – PE – Brasil

Empresas de redes sociais estão falhando na proteção de crianças e adolescentes, aponta pesquisa do Instituto Alana.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Alana revelou que a maioria dos brasileiros acredita que as empresas de redes sociais não estão fazendo o suficiente para proteger crianças e adolescentes na internet. De acordo com o levantamento, 97% dos entrevistados acreditam que as empresas deveriam adotar medidas mais eficazes para garantir a segurança dos jovens usuários.

O estudo, realizado em parceria com o Datafolha e entrevistando 2.009 pessoas maiores de 16 anos de todas as classes sociais, também mostrou que oito em cada dez brasileiros consideram que a lei brasileira oferece menos proteção às crianças e adolescentes em comparação com outros países. Além disso, sete em cada dez entrevistados acreditam que a Lei Geral de Proteção de Dados não tem sido eficaz no combate à publicidade infantil.

Maria Mello, co-líder do Eixo Digital e coordenadora do programa Criança e Consumo do Instituto Alana, destacou a importância dos resultados da pesquisa, ressaltando que a falta de ação das empresas tem impactado negativamente no desenvolvimento integral das crianças e adolescentes. Ela também destacou que a percepção da sociedade é de que as redes sociais têm influência direta sobre a segurança, saúde e desenvolvimento dos jovens.

Entre as medidas apontadas como necessárias pelos entrevistados para proteger as crianças na internet estão a solicitação de comprovação de identidade dos usuários, melhorias no atendimento para denúncias, proibição de publicidade e venda para crianças, fim da reprodução automática de vídeos e limitação do tempo de uso dos serviços.

A pesquisa também revelou que a maioria dos brasileiros concorda que as crianças e adolescentes estão se tornando viciadas em redes sociais, têm dificuldades para se proteger de conteúdos inadequados, são influenciadas por propagandas e consomem conteúdos não apropriados para sua idade.

Diante desses resultados, fica evidente a preocupação da sociedade brasileira em relação à proteção das crianças e adolescentes no ambiente digital e a necessidade de ações efetivas por parte das empresas de redes sociais para garantir a segurança e integridade desses usuários.

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