Repórter Recife – PE – Brasil

Empresas de redes sociais não protegem crianças e adolescentes na internet, aponta pesquisa do Instituto Alana

Um estudo realizado pelo Instituto Alana revelou que a grande maioria dos brasileiros acredita que as empresas de redes sociais não estão fazendo o suficiente para proteger crianças e adolescentes na internet. Os resultados da pesquisa, realizada pelo Datafolha com 2.009 entrevistados de todas as classes sociais, apontam que 97% das pessoas consultadas acreditam que as empresas deveriam adotar medidas para garantir a segurança dos usuários mais jovens.

Entre as medidas sugeridas pelos entrevistados estão: solicitar a comprovação de identidade dos usuários, melhorar o atendimento ao consumidor para denúncias, proibir a publicidade e vendas direcionadas às crianças, acabar com a reprodução automática de vídeos e limitar o tempo de uso dos serviços. Essas medidas visam proteger as crianças e adolescentes de conteúdos inadequados e da exposição excessiva nas redes sociais.

Maria Mello, co-líder do Eixo Digital do Instituto Alana, destacou a importância da pesquisa e alertou para a necessidade de ações das empresas para cumprir com seu papel de proteger os menores no ambiente digital. Além disso, a pesquisa mostrou que a maioria dos brasileiros acredita que a legislação nacional é menos eficaz na proteção das crianças e adolescentes em comparação com outros países.

O estudo também revelou que a sociedade brasileira reconhece o impacto das redes sociais na segurança, saúde e desenvolvimento dos jovens. A grande maioria dos entrevistados concorda que as crianças e adolescentes estão se tornando viciados em redes sociais, têm dificuldade em se proteger de conteúdos inadequados e são influenciados negativamente por anúncios e comerciais. A percepção geral é de que os conteúdos mais acessados por jovens nas redes sociais não são apropriados para suas idades.

Diante desses resultados, fica evidente a preocupação da sociedade com a segurança e bem-estar das crianças e adolescentes na internet, reforçando a necessidade de ações mais efetivas por parte das empresas e do poder público para garantir um ambiente digital mais seguro e responsável para as gerações futuras.

Sair da versão mobile