Projeto de lei proposto por Tião Medeiros visa fortalecer exportações brasileiras no comércio global, protegendo-as de cláusulas ambientais discriminatórias.

Em meio a debates sobre as políticas ambientais e seu impacto nas exportações brasileiras, o deputado Tião Medeiros (PP-PR) apresentou o Projeto de Lei 1406/24, que propõe proibir o governo brasileiro de firmar acordos internacionais com cláusulas ambientais que restrinjam a exportação de produtos do país sem a adoção de medidas similares pelos países signatários. O objetivo, segundo Medeiros, é garantir um tratamento isonômico ao Brasil e fortalecer sua posição no comércio global.

De acordo com o parlamentar, a proposta visa evitar que as exportações brasileiras sejam prejudicadas por regras ambientais consideradas desiguais e rigorosas, impostas por nações que não tomam medidas efetivas em prol da sustentabilidade global. Medeiros argumenta que é fundamental assegurar que medidas ambientais não sejam utilizadas como justificativa para discriminar as exportações brasileiras.

O PL 1406/24 propõe alterações na Lei 12.187/09, que trata da Política Nacional sobre Mudanças Climáticas, e prevê a criação do Programa Nacional de Monitoramento da Isonomia Internacional de Políticas Ambientais. Esse programa teria a função de acompanhar as políticas ambientais dos países com os quais o Brasil mantém relações comerciais e ambientais.

O próximo passo para a tramitação da proposta será a análise pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, de Desenvolvimento Econômico, de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso seja aprovada nessas instâncias, o projeto ainda precisará passar pelo Plenário da Câmara dos Deputados e pelo Senado para se tornar lei.

A discussão em torno do PL 1406/24 reflete a importância do equilíbrio entre as políticas ambientais e a proteção dos interesses comerciais do Brasil no contexto internacional. A proposta de Tião Medeiros busca garantir que o país não seja prejudicado por acordos desiguais que possam impactar negativamente suas exportações e sua economia como um todo.

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