Repórter Recife – PE – Brasil

Projeto de Lei 226/24 propõe novos critérios para prisão preventiva e coleta de material genético de criminosos.

O Projeto de Lei 226/24, que define novos critérios para a decretação de prisão preventiva e da conversão da prisão em flagrante em preventiva, já foi aprovado no Senado e agora está em análise na Câmara dos Deputados. A proposta também estabelece a coleta de material genético de criminosos presos em flagrante por crimes violentos.

A prisão preventiva é uma medida adotada pelo juiz durante um inquérito policial ou processo penal para manter um acusado detido antes da sentença final, com o intuito de evitar que o acusado cometa novos crimes ou prejudique o andamento do processo.

O projeto inova ao definir quatro critérios que o juiz deve considerar para avaliar a periculosidade da pessoa detida. São eles: o modo de agir, a participação em organização criminosa, a natureza e quantidade de drogas, armas ou munições apreendidas, e a possibilidade de repetição de crimes. Esses critérios são alternativos e não cumulativos. O projeto foi apresentado pelo ex-senador Flávio Dino, atual ministro do Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de ajudar o juiz a decidir com mais rapidez sobre a prisão preventiva e afastar questionamentos sobre sua aplicação.

Além disso, o texto em análise na Câmara dos Deputados também estabelece critérios para orientar os juízes nas audiências de custódia, visando evitar a concessão de liberdade a criminosos perigosos para a sociedade. Seis critérios recomendam a conversão da prisão em flagrante em preventiva, como a prática reiterada de infrações penais, a prática da infração penal com violência, entre outros.

Outra medida do projeto é a coleta de material biológico para a obtenção de perfil genético de presos em flagrante por crimes específicos. O Ministério Público ou o delegado do inquérito deve requerer ao juiz a coleta e o armazenamento do perfil genético do preso. A coleta deve ser feita por um agente público treinado, preferencialmente durante a audiência de custódia.

O projeto agora seguirá para as comissões temáticas da Câmara dos Deputados para ser discutido e, caso aprovado, precisará passar pelo Senado para virar lei. Janary Júnior assina a reportagem, com edição de Natalia Doederlein, com informações da Agência Senado.

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